A necessidade de transformação digital dos sistemas de Educação e Formação, como fatores para o desenvolvimento da Europa, tem sido uma mensagem-chave da Comissão Europeia e está na base de várias iniciativas lançadas nos últimos anos.
Estudos realizados sobre esta temática revelaram uma multiplicidade de experiências sobre a utilização das tecnologias nas Escolas, sem que tenha sido possível uma aprendizagem e uma partilha, devido aos diferentes objetivos, áreas de atuação e destinatários adotados.
Apesar disso foi possível chegar a uma importante conclusão, a partir da análise dessas experiências:
A necessidade de as organizações Educativas reverem as suas estratégias organizacionais, por forma a promoverem a sua capacidade de inovação e poderem explorar todo o potencial das tecnologias e conteúdos digitais.
No debate sobre o Desafios das Mudanças na Educação surgiram 3 áreas fundamentais que explicam esses desafios:
A Mudança no Contexto Educativo - texto de apoio
De acordo com a sua perceção, comente uma destas áreas fundamentais e de que forma para si representam um desafio de Mudança na Educação
38 comentários:
Gostaria de deixar um comentário ao nível da Dimensão, uma vez que já há alguns anos que tento implementar o uso das tecnologias digitais na minha sala de aula, no entanto isso só começou a ser realmente possível no ano letivo transato por falta de equipamentos tecnológicos como: pc, tablet e também de internet na escola.
Atualmente começa a ser efetivamente possível, no entanto verifico que as crianças dependem um pouco ainda do adulto exigindo recursos humanos adequados para que posteriormente se possam tornar mais autónomas
Estas mudanças são profundas e carecem de tempo, de formação e de gosto, para que se possa verdadeiramente chegar ao mundo digital e assim conquistar de outro modo quer as crianças, quer as famílias..
Primeiramente, torna-se primordial continuar a formação dos docentes- dos mais diversos níveis de ensino a partir da Creche (a DGE esquece-se que a creche existe)- para que estes entendam a importância da utilização das novas tecnologias nas suas práticas, da inovação que estas podem trazer consigo. Um dos desafios que tenho encontrado é precisamente a incapacidade/ falta de conhecimento por parte dos mesmos na aplicação das TIC (eu inclusive). E importa que este vá sendo renovado; O segundo desafio é a capacidade económica das famílias em adquirir equipamentos. Embora as escolas tenham dotado as famílias de equipamentos durante algum tempo, sabemos que nem todos têm acesso às mesmas ferramentas/ equipamentos/ oportunidades o que deita por terra o conceito de equidade de que tanto se ouve falar. Um terceiro desafio talvez possa ser o risco que podemos correr em começar a utilizar em demasia os equipamentos tecnológicos em deterimento do mexer, tocar, sentir, cheirar....O desafio será encontrar o equilibrio perfeito entre as tecnologias e as práticas do dia a dia na sala.Por último, não posso deixar de salientar a RELAÇÃO. Temo que se possa perder a relação por se passar demasiado tempo de "roda" das tecnologias e do tempo que estas nos absorve. Precisariamos de mais meios (fisicos e pessoais) para que esta não fique em desvantagem. Haveria muitos mais desafios mas, por agora, são os que me fazem mais refletir.
Para mim oque poderá constituir um desafio na Educação tem a ver com a complexidade, implicando mudanças profundas na forma de ensino-aprendizagem, uma vez que nem todas as crianças/alunos têm acesso a ferramentas digitais e ao mesmo tempo as famílias podem não estar despertas para essa nova realidade. Também considero que poderá haver um número elevado de professores/educadores que não se sintam à vontade para fazer essas mudanças na sua prática.
Tudo isto também implicará uma mudança organizacional e gestão de recursos.
Os desafios da mudança na Educação são muitos... em primeiro lugar o "querer" mudar, uma vez que penso que ainda existe alguma resistência por parte de alguns profissionais e famílias.
Conseguindo mostrar que as alterações serão positivas e para melhorar a vida das crianças/alunos e a relação escola/família, temos de criar condições e ferramentas, para que possam ser usadas por todos e para todos. Para isso, tem de haver equipamento disponível para todos, mas também, penso que na nossa faixa etária ainda é mais relevante, recursos humanos, que possam dar apoio às crianças.
É desde já visivel pela dificuldade que foi incluir os educadores de infância na tão desejada capacitação digital, indicando que é um dos desafios capacitar os recursos humanos das escolas que serão os responsáveis pela ambicionada mudança. Deste modo é evidente a necessidade de não só de dotar de competências digitais todos os docentes como também apostar em incluir técnicos especializados na área da informática nas escolas para desenvolverem trabalho prático com os alunos em salas de aula em parceria com os docentes. Aliada a esta dificuldade está também a necessidade de dotar de equipamentos adequados as escolas, com aquisição de tablets, quadros interativos... de modo a criar ambientes digitais.
É impossivel, na minha ótica fragmentar os desafios das mudanças na Educação pois entendo que cada desafio se apresenta como a continuidade do desafio anterior. Os recursos humanos são sem duvida um desafio pois a classe docente está desgastada, desmotivada e envelhecida , o que por si só torna a mudança muito mais dificil de concretizar. O ditado popular "Burro velho não aprende línguas, é popular por alguma razão (sem ofensa para a classe onde me incluo). Pedir a estes docentes a adaptação ao digital acaba por ser mais uma forma de se sentirem revoltados. A classe necessita de ser renovada com urgência e os professores mais velhos e que assim o desejem devem ter outras funções atribuidas.
No que se refere a um curriculo flexivel penso que muito há a aprender com a forma de trabalhar na Educação Pré escolar uma vez que lidar com a transversalidade dos conteudos é a "nossa praia" e aqui penso que o pré escolar está um passo à frente dos restantes niveis de ensino.
Brígida Paula Coelho
Nos desafios da mudança relaciono o conhecimento as capacidades em o aplicar. Assim, encontro competências como a comunicação, o raciocínio lógico e científico, digitais, o domínio do corpo, bem-estar e saúde, a sustentabilidade e ambiente, a identidade cultural e a sensibilidade artística.
No que respeita à complexidade, valorizo as que são necessárias para uma efetiva relação de sucesso o conhecimento real e a sua apropriação pela criança. São fundamentais as competências do aprender, a inovação, o pensamento crítico, pensamento sistémico, a priorização, a resolução de problemas e a abertura ao mundo.
Desafios são muitos...
Um deles ao nível das infraestruturas.
Uma das dificuldades a este nível prende-se com a falta de condições de algumas escolas que condicionam de alguma forma o desenvolvimento de atividades essenciais ao processo ensino/aprendizagem. Uma escola favorável ao bom desenvolvimento das capacidades dos alunos é uma escola securizante, onde se sintam bem e confortáveis. Ora, muitas das nossas escolas precisam urgentemente de obras e é com alguma frequência que é notícia escolas onde chove dentro das salas, alunos que têm que estar com casacos vestidos por haver salas sem condições.
Se os alunos estão desconfortáveis, é bastante mais difícil estarem atentos e fazerem as suas aprendizagens. Mas para estas alterações/mudanças é necessária verba,verba difícil de surgir!
Hoje estamos no tempo certo de mudança. Da escola que temos para a escola que queremos. De uma escola ainda de indole muito disciplinar para que na minha perspetiva deveria ser uma escola de aprender a aprender, a pensar.
Ana Cristina Fernandes
Carla Figueiredo
Considero que as mudanças na educação relacionados com as tecnologias e a capacitação digital passa essencialmente por uma reestruturação do modo como o docente vê essa área, uma vez que se por um lado necessitamos de nos tornarmos mais hábeis com tais ferramentas (aumentar a nossa literacia digital), também necessitamos que os próprios estabelecimentos de ensino estejam preparados com recursos (internet, PC, tablets, ...)
Muito mais a dizer ...
Dina
Mudar…só a palavra em si já é um desafio, pois há educadores/professores, famílias e escolas que por vezes têm dificuldade em pensar “fora da caixa”. Para mudar é preciso não só querer, mas também ter recursos humanos e equipamentos para que se possa fazer essa mudança. Se aos poucos conseguirmos mostrar que essas mudanças são boas e que vêm acrescentar mais valias às outras experiencias/vivências então estamos no caminho certo.
Ana Milheiro
Nestes tempos complexos, de rápidas mudanças e de grandes desafios é necessário haver uma maior literacia digital, o que implica uma maior formação de todos os elementos (educ./prof., alunos/famílias…) e uma maior motivação. Isso implica a melhoria dos equipamentos e de rede existentes na escola (quando existem) e uma maior valorização dos recursos humanos. Exige repensar o que é a escola e o seu papel na sociedade atual.
Exige também uma grande articulação entre tudo e entre todos e uma atualização constante.
Dulce Santos
No que diz respeito, à dimensão dos recursos Humanos e das infraestruturas vamos de batermos com assimetrias muito diferentes.
As escolas e as populações que dão respostas são realidades sociais e culturais também elas dispares, todos estes contextos irão produzir respostas muito assimétricas.
Por sua vez as escolas estão apetrechadas de forma muito diferente.
Quer a nível de recursos humanos quer a nível de meios físicos e estruturais.
Existem escolas que os recursos são partilhados por um número muito grande de indivíduos alunos e professores, o que não permite uma exploração adequada de todos os elementos.
As crianças ficam sempre no fim da linha.
Célia Alexandre
Quanto à dimensão dos recursos Humanos e das infraestruturas penso que é o pilar, a sustentação de toda a mudança, pois se não existirem recursos físicos e materiais nada se consegue... embora os docentes tenham uma capacidade sobre-humana de inventar e criar por vezes a partir de quase nada. Também existem diferentes recursos materiais e humanos de escola para escola e de Agrupamento para Agrupamento.
Que desafios de mudança na educação...
Tendo em conta a minha experiência pessoal e profissional parece-me que devemos começar por mudar campos de visão, que estão neste momento confinados a uma "caixa" com muito pouca mobilidade. Alargar campos de visão, em primeiro lugar, junto das direções e das chefias intermédias para que, num segundo plano se possam alargar campos de visão juntos dos docentes titulares de turma. Assim sendo, considero que seria Urgente que a mudança se verificasse na dimensão organizacional, mais concretamente no exercício da liderança e, em segundo plano, na dimensão dos recursos humanos que aqui assumem o papel dos docentes titulares de turma e, consequentemente, nas infraestruturas que são disponibilizadas para que a mudança seja efetiva.
É claro que não basta apenas identificar o problema é necessário agir para que a mudança seja realmente efetiva. Mas, como podemos ajudar os intervenientes nas dimensões que referi anteriormente, a sair da "caixa" e ver para além do óbvio? Eu penso que a mudança é possível quando conseguimos ir mostrando na prática o que essa mudança e o alargar de horizontes podem proporcionar, quer junto das crianças, das escolas, das famílias e dos docentes. O que temo é que pelo facto da classe docente estar tão envelhecida, seja cada vez mais difícil conseguir ter força para mostrar as evidências de uma mudança para que esta se torne efetiva.
Não quero perder a esperança de que, aos poucos será possível ir mudando quem está à nossa volta, e que serão essas pessoas as nossas principais evidências e, na melhor das hipóteses a possibilidade de desafiar e mudar.
O maior desafio à mudança atual na educação será na minha opinião a vertente da complexidade.
Neste enquadramento , são recorrentes as ideias de uma organização pedagógica e curricular mais integrada e flexível, uma gestão mais interdisciplinar do conhecimento, uma focalização nas aprendizagens essenciais que devem ser garantidas a todos os alunos como condição de inclusão social, de liberdade e de realização pessoal, a conceção e aplicação de outras formas de trabalho escolar (designadamente através do recurso às novas tecnologias , à valorização do pensamento critico e raciocínio lógico ) incrementando práticas de avaliação mais promotoras do sucesso real nas aprendizagens que é necessário assegurar de forma universal, o recurso a metodologias participativas e ativas.
Não obstante, os contextos políticos e normativos que criam um referencial supostamente favorável ou não para a emergência de práticas de inovação que promovam as aprendizagens dos alunos e o desenvolvimento profissional dos professores.
O maior entrave serão efetivamente alguns requisitos globais para uma mudança efetiva de práticas profissionais e organizacionais que estejam alinhadas com o propósito de promover o máximo de aprendizagens em todos os alunos e professores.
É urgente definir um modelo integrado e aberto, favorável à emergência e desenvolvimento de práticas de inovação onde todos possamos aprender mais e melhor.
Ida Braga Reis
São diversos os desafios que se colocam e a necessidade de mudanças na Educação é urgente e fundamental para que a vida da e na escola se aproxime das reais evoluções e necessidades da sociedade.
Na minha opinião, a maior dificuldade relaciona-se com a dimensão das infraestruturas. Esta questão parece-me um elemento de extrema importância para a melhoria do desempenho dos alunos, dos docentes e para o desenvolvimento educacional. A renovação do parque escolar contribuiu significativamente para a melhoria dos espaços e equipamentos. Contudo, as dificuldades da educação em corresponder às necessidades das crianças e jovens é um facto sentido por todos nós diariamente. É urgente dotar as escolas de equipamentos fundamentais para a capacitação digital de todos os intervenientes no processo educativo. E esse objetivo não é unicamente alcançado pela capacitação dos docentes quando a falta de equipamentos e materiais faz parte do dia-a-dia.
Na minha humilde opinião as mudanças são sempre difíceis de operacionalizar. Depois o sucesso das mesmas vai estar sempre pendente de várias variáveis como nos refere o artigo. Na nossa área da educação identifico a dimensão como uma das maiores dificuldades de gerir, pois a falta de recursos humanos, que nos permitiriam despender de tempo para nos dedicarmos efetivamente, às nossas crianças e ajudá-las adequadamente a explorar as novas tecnologias. Até à falta de recursos materiais nas salas de pré-escolar acabam por ditar grandes dificuldades.
Como soluções apontaria no caminho de conseguirmos parcerias e na formação das equipas da sala, bem como o aumento dos recursos humanos.
Débora Guedes
Gabriela Gaspar
Neste tempo de mudança, eu própria tenho ainda alguma dificuldade em implementar o uso das novas tecnologias na minha sala.
Mas a verdade é que as nossas crianças, estão cada vez mais despertas para a utilização de diversos recursos digitais.
Nós, educadoras como parte integrante deste processo ensino-aprendizagem temos que fazer um esforço para nos mantermos atualizadas e integradas neste "mundo"
Mas ao mesmo tempo também há a necessidade das próprias salas estarem preparadas com o equipamento adequado.
Graça Leitão
A mudança é essencial na sociedade atual e cabe ao Professor/Educador inspirar e conduzir a essa mudança. Mas muitas vezes é difícil sabemos que nem todos têm acesso às mesmas ferramentas/ equipamentos/ oportunidades. É preciso mais meios (físicos e pessoais) para que não fiquem em desvantagem.
Tudo isto implica uma mudança organizacional, gestão de recursos e de mentalidades.
Do meu ponto de vista o desafio maior poderá ter a ver com a adequação das novas tecnologias à pratica letiva. Terão que ocorrer mudanças significativas na forma como o docente planeia as suas aulas para conseguir integrar plenamente os diversos recursos tecnológicos na sua prática diária.
Os conhecimentos dos docentes em relação a estas tecnologias também são limitados, sendo dificil muitas vezes dar o primeiro passo e arriscar e errar! Depois desta formação sinto que aprendi o nome de alguns recursos, mas utiliza-los irá ser um desafio, pois se não o fizer irei esquecer-me.
É necessário muito trabalho de equipa entre os docentes, para que todos possam caminhar e progredir na aprendizagem do uso das tecnologias.
Educar é das funções mais complexas que enfrentamos atualmente, uma vez que o tempo avança a uma velocidade surpreendente e os jovens tendo acesso a muita informação através dos media e das tecnologias, encarando a sociedade e a escola de forma diferente das décadas anteriores.
Urge mudar a metodologia e os recursos educativos para motivar os alunos envolvendo-os de forma mais direta no ensino e por consequência na sociedade.
A escola tem sido confrontada com a necessidade de para além da função de ensinar também educar, no entanto a escola não está preparada para tal mudança.
As razões de tal complexidade devem-se a professores cansados e pouco motivados pela quantidade de trabalho burocrático, resistentes às diferenças culturais e educacionais, resistentes à importância das tecnologias em contexto de sala, pouca formação sendo muitas vezes adquirida com a partilha e ajuda de colegas, poucos recursos (computadores, tablets e ligações que suportem tantos aparelhos a funcionar...), telemóveis proibidos em contexto de sala e que poderiam ser utilizados para desenvolver projetos através de um trabalho de responsabilização dos alunos, utilização de metodologias de trabalho diferenciados permitindo mais trabalho colaborativo e cooperativo entre os alunos. Para além disso, as Direções dos Agrupamentos deveriam estar mais recetivas à escuta e ajuda dos professores quando colocam questões relativamente à educação e às tecnologias, nomeadamente mais computadores em condições e não os obsoletos que demoram horas a funcionar, possibilidade de existirem técnicos informáticos que pudessem ajudar e manter os computadores e a rede a funcionar em condições de trabalho para todos. Obviamente que as tecnologias vieram para revolucionar a educação e que os professores têm de estar à altura de aceitar esta mudança preocupando-se em fazer formação periódica e o Ministério em dar verbas suficientes que possam ser utilizadas na melhoria reforçando as escolas e permitindo que se faça uma cultura de escola equilibrada, satisfatória e interessante para todos.
A formanda
Mª Fátima Pombo
Relativamente à implementação de recursos tecnológicos as escolas deveriam estar devidamente apetrechadas com o material necessário de forma a todos terem as mesmas oportunidades para explorar as TIC. Atualmente é emergente a mudança pois não acontece se não houver oportunidades como o caso da frequência nesta formação. Seria benéfico quer para as crianças assim como para os docentes, sendo que com uma panóplia tão diversificada que há ao dispor a este nível, seria positivo para dar respostas às necessidades de todas as crianças, fomentando deste modo o processo de inclusão e de trabalho colaborativo, entre salas do mesmo jardim de infância e até mesmo ao nível da interação entre o próprio agrupamento e outros. Um dos desafios seria o poder humanizar o ensino digital, no sentido até de haver uma proximidade entre ciclos, podendo assim haver uma maior perceção dos trabalho desenvolvido entre ciclos promovendo a partilha entre todos e para todos.
Novas formas de apresentar e explorar a nível do pré-escolar as OCEP´S, tornar as aprendizagens mais interativas e não ser demasiadamente expositivas.
De qualquer forma tento dar a volta a todas estas situações através da frequência em formações e webbinares para poder colmatar as grandes lacunas pelas quais nos deparamos, para crescer e munir-me de alguma bagagem quer com o meu material, assim como com o material que a própria escola tem ao dispor, tentando chegar mais próximo das necessidades das crianças que atualmente, pertencem à era digital.
Desta forma crescemos a nível pessoal e profissional.
António Sérgio , afirmava: A escola cooperativa é a escola de todos e para todos". (Livro Valores Educativos Cooperação e Educação de Francisco Alberto Ramos Leitão).
Formanda Ana Isabel Martins Parro
Na minha opinião o maior desafio prende-se ao nível da Complexidade, a própria palavra mudança assusta e como tal nem sempre conseguimos mudar mentalidades que ainda não estão em mudança e se calhar já não vão estar. Por outro lado, temos as famílias que nem sempre possuem recursos económicos para adquirir equipamentos. E na própria sala, no meu caso tenho um computador que serve para atividades com os alunos e também para outras tarefas de escola, mas deveria ter um quadro interativo que é mais apelativo para as crianças.
Há que dar tempo à mudança e continuarmos a remar contra a maré, algum dia vamos conseguir. O meu lema é este não desistir e vencê-los pelo cansaço, a mudança está presente no nosso dia a dia.
Carla Esteves
Clara Condeço
Eu penso que o mais importante para a mudança na educação é a mudança na maneira de pensar, de encarar a educação, a realidade dos tempos que correm. Será que podemos dizer que se trata de uma mudança profunda da complexidade??? Outro desafio muito interessante, é a diversidade das culturas, esta poderá ser vista de duas formas. Como riqueza e como obstáculo. Como riqueza porque saber mais sobre os outros e o mundo só nos enriquece, como obstáculo porque não dominamos as outras línguas e cada vez mais temos crianças de diferentes países e culturas e não conseguimos “comunicar” devidamente.
Um grande obstáculo quanto a mim é a “Dimensão”, quer no que diz respeito aos recursos humanos, quer às infra estruturas. Para podermos dar resposta a todas as crianças, o espaço tinha que ser maior, com mais adultos para dar atenção às crianças. Nos recursos humanos é muito importante também “usar a prata a casa” e o grupo de trabalho ser unido e desenvolver um trabalho colaborativo e diferente de forma a cativar e motivar.
Elisabete Silva
Penso que o maior desafio na mudança da educação prende-se com a complexidade, sem no entanto descurar as áreas da dimensão e organizacional, pois no meu entender estão interligadas.
Assim as dificuldades prendem-se em conseguir implementar mudanças profundas, em fazer entender a importância e a urgência dessa mudança. No sentido de melhorar a aprendizagem, nos dois sentidos, educadora e crianças.
Essa mudança será mais conseguida e alcançada, tantas mais vertentes se conseguir abranger e envolver: organizacional/docentes/assistentes/família e crianças.
Igualmente importante a nível das múltiplas estruturas, prende-se em adquirir equipamentos adequados e em número suficiente. Sem esquecer a capacidade da internet, para suportar esses equipamentos em uso simultâneo.
Resta-nos, enquanto profissionais de educação reforçar, se necessário diariamente ou sempre que for oportuno a importância de implementar estes novos recursos de aprendizagem.
Do meu ponto de vista o desafio maior poderá ter a ver com a adequação das novas tecnologias à pratica letiva. Terão que ocorrer mudanças significativas na forma como o docente planeia as suas aulas para conseguir integrar plenamente os diversos recursos tecnológicos na sua prática diária.
Os conhecimentos dos docentes em relação a estas tecnologias também são limitados, sendo dificil muitas vezes dar o primeiro passo e arriscar e errar! Depois desta formação sinto que aprendi o nome de alguns recursos, mas utiliza-los irá ser um desafio, pois se não o fizer irei esquecer-me.
É necessário muito trabalho de equipa entre os docentes, para que todos possam caminhar e progredir na aprendizagem do uso das tecnologias.
Maria Nabais
"Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas mudam o Mundo" Paulo Freire
Pensar em mudança , basta pensar no tamanho das turmas, da falta de condições ao nível das infraestruturas que impossibilitam um ensino que seja diferente do tradicional, com aulas maioritariamente expositivas, e sobretudo a falta de tempo que os professores têm para trabalharem em articulação.
As Tecnologias na educação pode facilitar a concretização de diversos objetivos pedagógicos, uma vez que estas ferramentas podem ser mais atrativas e motivadoras para os estudantes.
Aldina Roque
O desafio da mudança na Educação, é um desafio urgente, na medida em que a base de uma Sociedade é a Educação.
Vivemos num Mundo cada vez mais global, onde tudo acontece num instante de um clique, a Escola tem que estar apetrechada para que a educação seja próspera e desempenhe o seu maior objetivo que é atenuar desigualdades, integrar e preparar através do conhecimento os futuros cidadãos.
Na minha perspetiva, a maior mudança é estrutural.
A Escola precisa de ser edificada atendendo a fomentar a possibilidade de criar diferentes ambientes educativos.
Na minha perspetiva, toda a Escola deveria integrar hortas, jardins, biblioteca, recreios desafiantes, oficinas, laboratórios, teatro, ateliers de arte, ginásios, cozinha, salas de dança e música…e salas multimédia.
Não obstante, o estabelecimento de elos com o meio ambiente, não pode ser descurado. A Escola deve servir de exemplo, proporcionando um ambiente onde os alunos disfrutem da proximidade com o meio natural.
Dentro das matérias; aprender a ser, a fazer, incluir, apoiar e valorizar ideias. Dar maior relevo à criatividade.
Dar oportunidade a que cada aluno, possa ir mais além, na matéria onde manifesta maior talento. Encarar o desenvolvimento humano através das diferentes formas de inteligência.
Adotar metodologias colaborativas, organizando os espaços físicos, por forma a que a dinâmica esteja pensada para esse fim de forma primordial.
Considerar mais recursos humanos, pois os que existem são diminutos para esperarmos qualidade e proximidade.
A Escola deve emitir um EXEMPLO ainda que de forma implícita.
Maria da Encarnação
Em educação,como na vida,não existem respostas simples.
Na minha opinião todos estes fatores contribuem para as dificuldades sentidas numa mudança desejável e necessária especialmente nesta fase instável em que estamos.
Começando pela dimensão e pelos recursos humanos, eu incluo-me no grupo que já tem 55 anos e como vim do ensino privado (onde o uso dos meios tecnológicos era escasso) e estou á pouco tempo no ensino público (esta é a minha primeira formação)sinto dificuldade na mudança apesar de a desejar.Também os grupos de crianças extensos e com necessidades especiais nos condicionam na mudança.
A nível das infraestruturas o melhor é nem comentar. Equipamentos antigos e sem manutenção.
A nível organizacional ainda não percebi muito bem o meu agrupamento. Os contatos que tive foram escassos e não me sinto muito apoiada na minha escola de quadro único onde não tenho ninguém com quem partilhar experiencias e dúvidas.
A nível da complexidade também acho que ninguém e muito menos a tutela pretende de fato uma verdadeira mudança.A educação nos últimos anos parece uma manta de retalhos agravada pela pandemia.
Ana Gomes
A minha resposta tem a ver com o nível da dimensão:
Ao nível dos recursos humanos, a inovação pedagógica no contexto da educação relativa aos meios digitais, constitui uma atitude e uma mudança desejável, mas não é fácil de atingir. É preciso um grande esforço, de adaptação, eficiência e profissionalismo. Adaptação porque este processo exige uma mudança de paradigma e um redobrado esforço na preparação de documentos e recursos pedagógicos. Para superar este processo é necessário formação, trabalho de partilha e cooperação, ter tempo para experimentar, para acomodar inovações e assimilar mudanças.
Ao nível das infraestruturas, é fácil constatar que tem havido uma falta de interesse e de investimento nos jardins de Infância no equipamento de recursos digitais (por exemplo: computadores).
Penso que esta falta de interesse se justifica pela falta de visão dos responsáveis em apostarem no fomento e na promoção de oportunidades para que as crianças desenvolvam e venham a adquirir competências digitais.
Para superar este problema era importante equipar os jardins de Infância com recursos digitais.
Na minha opinião relativamente à dimensão dos recursos humanos e das infraestruturas identifico alguns constrangimentos que podem ser conotados como sendo grandes entraves à mudança :
A insuficiência de professores a curto prazo , o que já está a ter impacto nas aprendizagens dos alunos.
A profissão não é atrativa para as novas gerações, o que origina estarem já a serem contratados para a docência engenheiros e outros técnicos que preenchem as vagas com a motivação do ordenado, e com zero vocação zero pedagogia e zero de empatia.
Se pensarmos que a motivação o empenho e o gosto são o combustível que é preciso para impulsionar as aprendizagens das crianças desenvolvendo atividades atrativas e criativas , temos um grave problema .
A idade dos docentes é outra contrariedade à mudança:
Cansados e desmotivados os professores afogados em burocracias inúteis , não lhes sobra tempo nem motivação para canalizar as suas energias para outro tipo de abordagens mais tecnológicas.
Relativamente às estruturas identifico a dispariedade existente entre as várias escolas , que dependendo da área geográfica em que se encontram estão melhor ou pior ao nível da manutenção dos edifícios , seja relativamnete ao nível do apetrechamento de materiais básicos indispensáveis ao seu funcionamento , seja relativamente á aquisição de equipamentos tecnológicos.
Soluções para esbater ou anular estes constrangimentos:
Tornar a profissão atrativa para os jovens que tenham realmente vocação para trabalharem com crianças sem pensarem no numerário auferido ao fim do mês como única motivação.
Reformar os professores mais cedo para dar lugar aos novos , com outras ideias mais abrangentes.
Dotar as escolas e os jardins de infância de condições dignas para a comunidade educativa poder de fato exercer o seu poder de mudar o mundo através das crianças.
Sofia Nunes
A Resistência à mudança e a inovação tecnológica assusta grande parte das colegas. Têm medo, receio de errar. Sinto que a sua desmotivação é grande, por isso tem receio da mudança, do trabalho e investimento necessário. Estão cansadas. Já são da "velha guarda".
No entanto, continuo a pensar e em debater-me em comoca formação é primordial, assim como uma atualização constante de conhecimentos dos vários intervenientes no processo educativo. É na inovação que vamos conseguir cativar as nossas crianças e também as respetivas famílias e assim valorizar o nosso nível de ensino. Proporcionar a todos a bagagem necessária passa pela formação, a melhoria de equipamentos e uma maior valorização dos recursos humanos, assim como também uma maior articulação entre as várias estruturas educativas.
Ao nível da Dimensão é evidente que é de maior importância melhorar a qualidade dos professores, do processo pedagógico e dos conteúdos do ensino. É através da necessidade de atualização de conhecimentos e competências do mundo digital, que os professores podem melhorar a qualidade da educação. Para que isso aconteça, a vida profissional deve conjugar-se de modo a que tenham oportunidade e se sintam obrigados a aperfeiçoar os seus conhecimentos e a inovarem.
Claro que a utilização de novas tecnologias na educação, constitui uma opção financeira, social e politica, assim deve ser uma das principais preocupações dos governos e das autarquias. Porque não, haver cada vez mais, a colaboração entre o setor público e privado, sabendo que os equipamentos interativos e de multimédia colocam à disposição dos alunos um manancial inesgotável de informações possibilitando a sua busca de informação. É de maior importância que as escolas se equipem de computadores em número suficiente para professores e alunos, rede de internet compatível, sistemas interativos de troca de informações e a bancos de dados.
Odete Luz
Relativamente à mudança, mudar traz dor. Depois obviamente poderá trazer novidade, esperança e inovação. Para mim a maior resistência tem passado, honestamente, por mim.
Mexer em novas plataformas, deixa me angustiada e tenho-o sentido ao longo desta formação, estando em alguns momentos prestes a desistir. Mas como não sou assim na minha vida, resisto e insisto.
Reconheço a sua importância no panorama atual, uma vez que desde pequenos, os nossos alunos têm um contato próximo com as novas tecnologias e isso lhes é apelativo.
Para explorar determinadas plataformas, é preciso tempo. Tempo que na maioria das vezes não tenho. É preciso prática, conhecimentos e dedicação. E mais uma vez, tempo.
Em sala, sou inovadora, não me agarro à rotina nem ao marasmo de: sempre fiz assim, porquê mudar. Utilizo o computador, para aceder, para dimensionar novos conhecimentos, esclarecer dúvidas, despertar mentalidades e nisso reconheço uma importância enorme!!! Aceder ao Google e afins, recorrer ao you tube, jogos interativos, etc. são prática corrente na minha sala. Contudo, trabalhar com base nas plataformas de que temos falado, nem tanto. Fica-me o bichinho. Mas ainda nem tanto o gosto, confesso.
Para os miúdos, que nasceram na era digital é fácil e intuitivo, para a maioria dos docentes e restante comunidade educativa não. Onde eu me incluo. Faz balançar muitas das estruturas e alicerces, que mexem com a minha autoconfiança. Talvez, por insistência, perseverança, obstinação, farei aos poucos o meu caminho. Ao meu ritmo. Essa é a minha esperança e naturalmente o meu desejo.
Fernanda Pacheco
Sob o meu ponto de vista, o maior Desafio da Mudança na Educação, encontra-se ao nível Organizacional e da dimensão das infraestruturas.
Apesar das Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar integrarem o “Mundo Tecnológico e Utilização das Tecnologias”, nem sempre esta valência é vista como o alicerce de todas as aprendizagens. Observa-se alguma desvalorização e resistência em admitir-se o quão é importante este nível de ensino.
Com estas posturas, torna-se, assim, muito mais complicado o apetrechamento, nas salas de Pré-escolar, de materiais tecnológicos, não existindo recursos suficientes para que seja possível dar uma maior atenção e importância ao uso da tecnologia na sala de aula.
Torna-se fundamental reportar a relevância da Educação Pré-Escolar e fazer ver a importância dos suportes tecnológicos nas atividades do quotidiano das crianças.
Não menos importante, é a capacitação digital dos educadores de infância, promovidas pelas escolas/centros de formação, visto ser uma classe, maioritariamente, envelhecida, com necessidade de adquirir conhecimentos nesta matéria, apresentando, por vezes, alguma resistência à adoção das novas tecnologias.
Isabel Gautier
Educadora Joaquina Damião
Para mim, educadora com mais de 30 anos de experiência na Educação, este dasafio, a competência digital dos professores é expressa pela sua competência e/ou capacidade em usar novas tecnologias digitais, não só para melhorar o ensino, mas também para as interações profissionais com os colegas, alunos e encarregados de educação, entre outras entidades envolvidas ou interessadas. É também expressa pela sua capacidade para as usar para seu desenvolvimento profissional e pessoal inicial e contínuo e na inovação da instituição, sendo que uma das suas principais competências que qualquer docente necessita é identificar, criar e desenvolver recursos digitais, partilhando se necessário com colegas e instituições educativas, e de acordo com os seus objetivos de ensino, sem esquecer a sua dimensão em termos de recursos humanos e infraestruturas de apoio técnico, sendo que estas mudanças necessitam de tempo e formação, onde toda a classe docente precisa de se reinventar e ser substituída gradualmente por uma classe docente mais nova e apta às novas TIC com um evoluir de novas abordagens. Há uma grande dificuldade ao nível das infraestruturas nas escolas devido à falta de equipamento, rede, espaço e outras condições que condicionam o processo de aprendizagem, quer de docentes, quer de alunos. Na sua complexidade (as competências digitais e as novas TIC trazem mudanças substanciais e profundas na organização), alinhamento pedagógico de ideias de cada departamento ou multiestrutura, das quais muitos docentes e dirigentes escolares ainda resistem à mudança, preferindo trabalhar como no dia em que entraram para a carreira, e, nunca esquecendo, de salientar a importância de haver interculturalidade na escola (docentes e alunos), e organizacional na instituição onde as direções devem estar aptas e recetivas a novos conceitos pedagógicos formais e informais, sem esquecer a finalidade que, de carácter se assume importante, o perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória, a equidade entre alunos de diferentes níveis sociais, étnicos, religiosos e culturais, a definição de metas e planeamento antecipado de ações com a aferição dos resultados obtidos e o seu progresso e implementação.
Educadora Joaquina Damião
Sandra Cabrita ( área organizacional)
Relativamente aos desafios na educação em especial no que concerne à capacitação digital, considero que nós educadores devemos sempre " dar voz" ao nosso nível de educação, que muitas vezes é menosprezado e até ignorado por algumas estruturas organizativas.
O facto de o próprio ministério da educação considerar que os educadores não seriam contemplados com computadores denota, no geral, a perspetiva da opinião pública sobre a educação pré escolar.
Mas não baixo os braços e todos os dias, nos pequenos " nadas", junto dos meus colegas(mais ao nível do 1º ciclo), vou elucidando a importância do pré escolar como uma etapa essencial na construção do Ser. As tecnologias têm sido fundamentais na concretizam de projetos, na diversidade de recursos educativos. Para mim nem sempre é fácil pois as minhas capacidades digitais não são muitas, nas a sede por aprender essa estará sempre presente. E o dia de ontem não voltará...
Sandra Cabrita
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